domingo, 20 de julho de 2008

Projecto VII

Síntese


Proposta de qualificação do quarteirão entre a Rua do Gonçalinho e a Av. Capitão Silva Pereira



Este é um quarteirão de transição entre o centro histórico e a parte mais nova da cidade, apresentando, por isso, duas tipologias de edifícios distintas.
O pretendido pela câmara era um programa misto, onde englobasse comercio e habitação, para tentar revitalizar aquela zona tanto de dia como de noite, outro aspecto importante, era o de proporcionar novamente a circulação de peões pela viela e ter sempre em conta a perspectiva para a sé.
O objectivo pretendido é basicamente dinamizar esta zona como um local destinado às artes e á cultura. Pois estamos perto do museu Grão Vasco e do Teatro Viriato, e o fluxo de pessoas que se forma iria ser dinamizado por esse tema. Dado que os artistas não estão muito tempo no mesmo local, poderá ser uma vantagem, pois era uma maneira de o local nunca perder a sua vitalidade! Esta situação também permite que os artistas contribuam com a sua arte, para diversos eventos, nomeadamente exposições, eventos culturais, pequenas encenações, entre outros. E por isso, o meu conceito baseia-se em criar zonas públicas amplas, como a praça central, que permite alguns eventos ao ar livre como pequenas exposições. No entanto também se propõe um edifício, preparado para receber todo o tipo de eventos dessa área, de modo a não reduzir a vitalidade da zona, só quando está bom tempo.
Este edifício engloba a ruína existente no local, transformando-a num restaurante que sirva aquela zona. E também onde proponho a longo prazo que a câmara adquire o edifício adjacente a este, de modo a que o edifício cultural, faça o “U” completo, unido centralmente pela ruína. Com esta proposta uma das premissas que privilegio é sem dúvida a vista sobre a Sé, que se vai perdendo à medida que se vai percorrendo a praça central, onde porem, encontra-mos um edifício de excepção do programa, o qual funcionaria como café-concerto, onde serviria, como um miradouro para a Sé dada a sua boa orientação para a mesma.
Na divisão com o lar, existe um muro de pedra com grande presença, e o qual gosto particularmente, e por isso, decido alargar o muro definindo os limites, e o que me deu oportunidade de conseguir planear uma série de oficinas de trabalho, mantendo sempre a linguagem do muro.
Finalmente propõe-se um edifício de remate da empena, que é destinado a habitação. Este estaria em consola no rés-do-chão, de modo a não tapar o eixo visual para a muralha, principalmente da Avenida.
Em termos de percursos, existem dois fortes eixos, o da praça central, que é como um convite para entrar, às pessoas que passam na Av. Capitão Silva Pereira, e depois existe outro eixo, que é da viela, até ao largo da Prebenda, anulando com isto a existência de um lote devoluto, o qual se propõe à câmara adquirir a curto prazo, para o bom funcionamento da proposta. Este eixo pode ganhar muita importância, a longo prazo, caso a câmara adquira a Quinta da Prebenda, e que a torne num jardim público.

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